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Em sua carta apostólica “Mane Nobiscum Domine”, o nosso querido Papa
João Paulo II nos apresenta o dom da Eucaristia como um grande mistério.
Mistério a ser celebrado de maneira digna; que deve ser adorado e
contemplado. Queremos assim nos animar mutuamente a estarmos unidos à
Santíssima Eucaristia também em seu culto fora da missa.
De um lado, sabemos que antes de tudo a Eucaristia é o sacrifício pascal
de nosso Senhor; que é na missa onde se atualiza o mistério da vida,
morte e ressurreição de Jesus. Daí a necessidade de celebrarmos com toda
dignidade, não somente em decoro, mas em comunhão profunda com o
mistério celebrado e com o corpo comunitário. Participar ativa e
conscientemente do inesgotável dom de Cristo. Por outro lado, a Igreja
nos anima a estarmos diante do tabernáculo do Senhor ‘perdendo o nosso
tempo’: “A presença de Jesus no tabernáculo deve constituir como que um
pólo de atração para um número sempre maior” de almas apaixonadas por
ele, capazes de ficar longo tempo escutando a voz e quase que sentindo o
palpitar do coração” (MND, n. 18, p. 20).
Infelizmente, não poucos têm colocado a adoração ao Santíssimo
Sacramento como uma simples devoção dentre outras tantas. Ora, o Senhor é
simples e pobre, pois quis ficar de forma perene entre nós. Todavia,
adorar o Senhor em sua presença substancialmente real, é bem diferente
de realizarmos uma simples novena. Assim vemos João Paulo II nos dizer:
“É preciso, em particular, cultivar, quer na celebração da missa, quer
no culto eucarístico fora da missa, a viva consciência da presença real
de Cristo.” (MND, n.18, p. 19). A carta apostólica do santo padre ainda
nos anima dizendo que a adoração eucarística fora da missa deve se
tornar um empenho especial para cada comunidade paroquial e religiosa.
É por demais motivador encontrar homens com profundo conhecimento
filosófico e teológico como João Paulo II que mergulham na presença
escondida de Jesus em seu Santo Sacramento! É belo ouvir o Papa dizendo:
“Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na
Eucaristia, reparando com a nossa fé e o nosso amor os descuidos, os
esquecimentos e até os ultrajes que nosso Salvador deve sofrer em tantas
partes do mundo” (MND, n.18, p. 20).
eM 2005, na Jornada Mundial da Juventude em
Colônia, na Alemanha. O tema escolhido para esta Jornada foi
exatamente: “Viemos adorá-lo” (Mt 2,12). Tal escolha quis sugerir a
justa atitude com a qual devemos viver este Ano Eucarístico (Cf. MND, n.
30, p. 35). E pudemos ver quão grande foi a expressão de amor dada
pelos jovens naquela ocasião ao Senhor Eucarístico. Em Colônia, jovens
de todas as nações, alegremente, deram um testemunho público da fé em
Jesus Cristo que não nos quis deixar sozinho. Que força tem a
Eucaristia! A exemplo dos magos, lá estavam os jovens a adorar o Senhor.
E, sem dúvida, também como os magos muitos jovens, tendo adorado o
Senhor, voltaram à sua pátria por outro caminho e com intenções
contrárias àquelas que o mundo lhes tinha ensinado.
São tantos os jovens, os homens e mulheres que perdem literalmente a sua
vida por prostrarem-se diante de mitos e ídolos criados por uma
consciência racionalista. Em vez disso, devemos imitar o grande número
de santos e santas que, na simplicidade, aprenderam a contemplar e
adorar Jesus Eucarístico. “Estão diante dos nosso olhos os exemplos dos
santos, que na Eucaristia encontraram o alimento para o seu caminho de
perfeição. Quantas vezes eles verteram lágrimas de comoção na
experiência de tão grande mistério e viveram indizíveis horas de alegria
‘esponsal’ diante do Sacramento do altar”. (MND, n.31, p. 36).
Prostrando-nos diante da Eucaristia, aprenderemos de maneira certa o que
significa comunhão, cultura do diálogo, vida solidária, serviço aos
mais necessitados e respeito à dignidade humana. Graças à iniciativa do
Senhor que quis permanecer conosco podemos aprender dele as melhores
lições. A busca incessante de muitos homens de hoje em responder às suas
grandes perguntas não pode ser desvinculada da fé que nos faz prostrar
diante de Jesus simples.
Deus, que nos deu o seu amor para que o amemos – como diz santa
Teresinha do Menino Jesus – nos conceda a graça de estarmos todos os
dias em sua presença, em escuta e adoração.
Fonte: www.comshalom.org
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Adoração
Quinta Feira de Adoração - Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na Eucaristia
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