Meu padre não gosta da RCC. E agora?




A Renovação Carismática Católica (RCC) é um movimento aprovado pela Igreja Católica, reconhecido por papas como Paulo VI, João Paulo II e Francisco. Ainda assim, nem todos os padres abraçam sua espiritualidade vibrante. Se você já ouviu comentários como “esse negócio de carismático é exagero” ou sentiu resistência do seu pároco, pode estar confuso ou desanimado. Como continuar vivendo o carisma da RCC sem desrespeitar a autoridade do padre? Neste artigo, exploraremos as causas dessa resistência, passos práticos para lidar com a situação e como crescer em humildade e fé diante desse desafio.

Por que alguns padres resistem à RCC?

A resistência de um padre à RCC pode ter várias origens, e entendê-las é o primeiro passo para agir com caridade:

  • Formação diferente: Cada padre tem uma espiritualidade própria, moldada por sua formação no seminário ou experiências pessoais. Alguns preferem práticas contemplativas, como a Lectio Divina, e podem ver o louvor carismático como “barulhento” ou desnecessário.
  • Mal-entendidos: Há quem associe a RCC a excessos litúrgicos (ex.: práticas não alinhadas às normas da Igreja) ou a uma espiritualidade superficial. Esses preconceitos muitas vezes vêm de experiências isoladas.
  • Falta de conhecimento: Alguns padres desconhecem a história e a missão da RCC. Fundada em 1967, a RCC é um movimento eclesial que promove a renovação espiritual, aprovado pelo Vaticano e apoiado por documentos como a Christifideles Laici.
  • Preocupação com a unidade: Um pároco pode temer que a RCC crie divisões na paróquia, especialmente se o grupo carismático agir de forma independente.

É importante lembrar que a RCC é legítima. O Papa Francisco, em 2014, disse que ela é “uma corrente de graça para toda a Igreja”. A resistência de um padre não invalida o chamado do Espírito Santo em sua vida.

Passos para lidar com a resistência

Enfrentar a resistência de um padre exige sabedoria, oração e humildade. Aqui estão cinco passos práticos:

  1. Ore pelo seu padre: A oração é a arma mais poderosa. Peça ao Espírito Santo que ilumine seu pároco e toque seu coração. 1 Timóteo 2,1-2 nos exorta a orar por aqueles em autoridade. Reze uma novena ou ofereça uma missa pela intenção do padre.
  2. Inicie um diálogo respeitoso: Marque uma conversa com o padre, sem tom de confronto. Explique como a RCC fortalece sua fé e está em comunhão com a Igreja. Por exemplo: “Padre, a RCC me ajudou a amar mais a Eucaristia e a Bíblia. Como podemos viver isso na paróquia?” Mostre documentos da Igreja, como mensagens papais à RCC.
  3. Testemunhe com a vida: Os frutos do Espírito – amor, alegria, paz (Gálatas 5,22-23) – são a melhor defesa da RCC. Seja ativo na paróquia, participando da missa, catequese ou pastoral social. Um testemunho autêntico pode mudar percepções.
  4. Busque apoio diocesano: Conecte-se com a coordenação diocesana da RCC. Eles podem orientar sobre como atuar em harmonia com a paróquia ou indicar eventos regionais. Muitas dioceses têm comissões que dialogam com o clero para promover o movimento.
  5. Viva o carisma com discrição: Se o padre proíbe atividades carismáticas na paróquia, participe de grupos de oração em outras comunidades ou eventos diocesanos. Continue frequentando sua paróquia, mostrando fidelidade à Igreja local.

O que evitar?

Algumas atitudes podem piorar a situação. Fuja delas:

  • Conflito direto: Criticar o padre publicamente ou forçar a RCC na paróquia cria divisão. A unidade da Igreja é prioridade (João 17,21).
  • Desânimo espiritual: A RCC é um chamado universal, não depende de um padre. Continue firme, buscando grupos ou eventos que alimentem sua fé.
  • Julgamentos precipitados: Não rotule o padre como “contra o Espírito”. Ele pode ter razões válidas ou simplesmente precisar de tempo para entender o movimento.

Um exemplo real

Cláudia, membro de um grupo de oração, enfrentou resistência do novo pároco, que proibiu encontros carismáticos na paróquia. Em vez de desistir, ela e seu grupo começaram a orar pelo padre e convidaram-no para um retiro diocesano da RCC. Com o tempo, ele participou, conheceu o movimento e passou a apoiar um grupo de oração mensal. “A paciência e a oração abriram portas”, conta Cláudia.

E você? Já enfrentou algo assim? Como resolveu?

A oportunidade de crescer na fé

A resistência de um padre pode ser uma cruz, mas também uma chance de crescer em humildade, caridade e perseverança. Como Maria no Cenáculo (Atos 1,14), espere no Espírito Santo com confiança. Use esse momento para aprofundar sua espiritualidade, estudar documentos da RCC (como os da ICCRS) e fortalecer sua missão na Igreja.

Conclusão: O Espírito abre caminhos

A RCC é um dom para a Igreja, mas nem todos a acolhem de imediato. Diante da resistência de um padre, escolha o caminho do diálogo, da oração e do testemunho. O Espírito Santo, que inspirou o Pentecostes, continua a agir, abrindo corações e construindo pontes. Permaneça fiel ao seu chamado e confie que Deus está no comando.

Call to Action: Reze hoje pelo seu pároco e pela unidade da sua paróquia. Se já enfrentou resistência à RCC, compartilhe sua história nos comentários – sua experiência pode inspirar outros! Conecte-se com a RCC diocesana para encontrar apoio e eventos perto de você.

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