Meus irmãos em Cristo, algo profundamente perturbador
aconteceu no mundo do futebol, e como católicos, não podemos simplesmente
ignorar. No último dia 29 de março, no estádio Fritz Walter, na Alemanha, a
torcida do Kaiserslautern – conhecida como "Os Diabos Vermelhos" –
realizou algo que vai muito além de uma simples provocação esportiva. Eles
ergueram um mosaico com um pentagrama invertido, uma imagem explícita de
Lúcifer, e faixas em latim com frases que, traduzidas, diziam: "Ouve-nos, Lúcifer,
saia do abismo e aceite nossas almas".
Mas isso foi realmente uma invocação maligna?
O que diz a doutrina católica sobre invocações como essa?
Desde os primeiros séculos, a Igreja alerta sobre os perigos
de se brincar com forças espirituais. São Paulo, em sua carta aos Efésios
(6:12), nos lembra que "nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra
os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso".
Quando milhares de pessoas em um estádio erguem símbolos satânicos e pronunciam
palavras de invocação, mesmo que sem plena consciência do que estão fazendo,
elas estão abrindo portas que não deveriam ser abertas.
Por que isso é especialmente perigoso hoje?
Vivemos em uma época em que o oculto foi banalizado. Séries
como "Stranger Things" tornaram rituais de invocação algo
"cool". Bandas de rock usam simbologia satânica como mero marketing.
E muitos jovens, sem má intenção, acabam se envolvendo com coisas que não
entendem plenamente.
Mas a Igreja sempre ensinou que o mal é real. Quando o
Catecismo (CIC 395) fala sobre a ação do demônio no mundo, ele não está usando
linguagem metafórica. O Diabo existe, e seu objetivo é nos afastar de Deus. O
que vimos na Alemanha foi um exemplo claro de como a cultura moderna está
normalizando aquilo que deveria nos causar horror.
O caso do Kaiserslautern não é isolado
No futebol, infelizmente, isso tem se tornado comum. O
Manchester United, por exemplo, tem como mascote um diabo vermelho. O Athletico
Paranaense fez uma campanha recente com temática de "pacto" que gerou
controvérsia. Mas o caso alemão foi além – foi uma encenação que beirou o
ritualístico.
E aqui precisamos fazer uma distinção importante, baseada na
teologia católica: há diferença entre usar um símbolo (como o diabo do
Manchester) e realizar uma invocação ativa (como parece ter ocorrido na
Alemanha). A primeira pode ser uma imprudência; a segunda, uma ação com
consequências espirituais reais.
Quais os perigos para os cristãos?
Muitos podem pensar: "Mas eu só assisti o vídeo, isso
não me afeta". A doutrina católica nos ensina que precisamos ter cuidado
com o que permitimos entrar em nossos corações e mentes. Assistir a algo como
isso pode:
- Normalizar
o anormal: Quando vemos coisas assim sem reagir, vamos nos acostumando
com o mal.
- Expor-se
espiritualmente: Alguns exorcistas alertam que até mesmo assistir a
rituais (mesmo que online) pode ter efeitos espirituais.
- Enfraquecer
nossa sensibilidade espiritual: Aos poucos, vamos perdendo a
capacidade de discernir entre o sagrado e o profano.
O que fazer diante disso?
Primeiro, não ter medo. Como dizia São João
Paulo II: "Não tenhais medo!". Cristo já venceu o mal. Mas precisamos
agir:
- Consagração:
Renovar a consagração a Nossa Senhora e ao Sagrado Coração de Jesus.
- Oração:
O Rosário é a arma mais poderosa. São Padre Pio dizia que cada Ave Maria é
um golpe no demônio.
- Discernimento:
Avaliar que tipo de entretenimento consumimos.
- Ação:
Denunciar quando o mal se disfarça de "cultura" ou
"esporte".
Conclusão: Vigiai e Orai
O caso do Kaiserslautern é um sintoma de um problema maior.
Na Alemanha, onde 2 milhões de católicos deixam a Igreja a cada ano, onde a fé
está sendo substituída pelo vazio espiritual, não é surpreendente que o demônio
esteja agindo de forma tão aberta.
Como católicos, não podemos ficar indiferentes. Precisamos:
- Estar
informados sobre essas ameaças sutis.
- Proteger
nossas famílias, especialmente as crianças, dessa cultura que banaliza
o mal.
- Rezar pelos
que participaram desse evento, muitos provavelmente sem entender a
gravidade do que faziam.
Lembremos as palavras de Nossa Senhora em Fátima: "Por
fim, o meu Imaculado Coração triunfará". Mas até lá, temos uma batalha
espiritual a travar.
Que São Miguel Arcanjo nos proteja, que Nossa Senhora nos
cubra com seu manto, e que nós, católicos, tenhamos a coragem de ser luz neste
mundo cada vez mais mergulhado nas trevas.
Agora eu pergunto a você, caro leitor: Como você
tem protegido sua família dessas influências? Já parou para pensar quanta
"inocente" cultura pop está cheia de simbolismo oculto? Compartilhe
nos comentários como você mantém sua vida espiritual protegida nestes tempos
difíceis.
*"São Miguel Arcanjo,
defensor celeste, vencedor do dragão infernal,
erguei-vos uma vez mais em nosso auxílio!
Pela poderosa intercessão daquele que disse:
'Quem é como Deus?',
protegei-nos de toda cilada do inimigo.
Cobri com vosso escudo invencível
nossas famílias, nossos lares,
nossas mentes e corações.
Que nenhuma influência maligna,
nem aberta nem dissimulada,
possa penetrar em nossas vidas.
Concedei-nos o discernimento
para reconhecer as artimanhas do Maligno
em todas as suas formas:
nos símbolos perversos,
nas falsas diversões,
nas invocações blasfemas.
Assim como precipitastes Lúcifer no abismo,
derrotai agora todo poder das trevas
que ameaça a Santa Igreja,
nossas famílias e a inocência dos fiéis.
Acompanhai-nos na batalha diária,
fortalecendo nossa fé,
para que permaneçamos firmes
na Verdade que é Cristo.
Que por vossa intercessão,
sejamos preservados de todo mal,
e levados à vitória definitiva
no Coração Imaculado de Maria.
Amém!"*
Para maior proteção:
- Recitar
após o Rosário
- Escrever
e colocar em casa junto com a Medalha de São Miguel
- Ensinar
às crianças como oração de proteção noturna
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