O tradicional Presépio
que se coloca todos os anos na Praça de São Pedro, que
ainda se mantém coberto, contará entre suas imagens com
o burro e o boi, logo após a "controvérsia"
gerada por diversos meios de comunicação que deram uma
informação equivocada sobre o que o Papa Bento
XVI escreveu a respeito no seu livro sobre a Infância de
Jesus.
Após o alvoroço
causado pela manipulação mediática do que foi
escrito pelo Papa no seu último livro, a jornalista colombiana
Carmen Elena Villa, escreveu uma coluna no jornal El Colombiano na
qual citou textualmente a passagem do Santo Padre sobre o presépio.
O Papa diz que o
presépio nos leva a pensar nos animais, pois é o lugar
onde eles comem e ainda que no Evangelho não se fale de
animais, a meditação, guiada pela fé e
relacionando entre si o Antigo e o Novo Testamento, preencheu esta
lacuna e faz uma citação de Isaías 1,3: "O
boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono;
mas Israel não conhece nada, e meu povo não
compreende".
A respeito, Villa
comenta que "qualquer fiel sabe que, assim como o burro e o boi,
há outros elementos como a data de nascimento de Jesus, o nome
dos reis magos ou tantos outros aspectos que são bonitos mas
não essenciais para a fé e talvez por isso não
sejam relatados pelos evangelistas. O burro e o boi fazem parte da
tradição cristã. Tanto que estão
presentes todos os anos no presépio da praça de São
Pedro no Vaticano".
O presépio deste
ano foi doado pela região italiana da Basilicata, ao sul da
península italiana. O Presépio contém cem
figuras de terracota, é obra do escultor Francesco Artese, um
dos mais famosos autores da escola meridional deste tipo de obras. A
peculiaridade de Artese está na recreação da
paisagem dos "Sassi de Matera" e em colocar a vida rural
em cena.
A Região
Basilicata, como toda a parte meridional do país tem uma
grande tradição na construção de
presépios e este foi realizado em homenagem aBento XVI.
O artista italiano
emprega paisagens com as pedras da região e com cenas que
retratam a realidade diária dos camponeses. Uma paisagem que,
além disso, lembra muito a Terra Santa, indicou um comunicado
da sala de imprensa da Santa Sé.
São mais de
centenas de pequenas imagens feitas de terracota com vestimentas de
tecido feitas à mão e que recordam os costumes dos
camponeses da Lucania de um tempo.
No mesmo presépio
de 150 metros quadrados estão representadas também
algumas Igrejas da região, como o Convicino di Sant' Antonio,
e a de São Nicola ai Greci. Entre os campanários se
distingue o de São Pietro Barisano.
No Vaticano haverá
também outros presépios, entre eles, dois com 17
imagens feitas com massa de milho e cera pelos indígenas
purépecha do oeste do México e que foi abençoado
em novembro pelo núncio no México, Cristhoper Pierre
antes de ser enviado para a Itália.
Fonte:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=24596
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