“Uma palavra má transtorna o coração; dela vêm quatro coisas: o
bem e o mal, a vida e a e morte; sobre estas quem domina de contíguo é a
língua.” (Eclo 37,21)
Estávamos orando diante do Santíssimo, e
inspirados pelo Senhor, começamos a lembrar de muitas afirmações que
fizemos a respeito de nossas vidas que não estão alinhadas com a palavra
de Deus, afirmações essas que podem ter caído como um peso de maldição
sobre nós.
Lembrei então de um ensinamento que Pe.
De Grandis, dos Estados Unidos, nos dava quando falava sobre as palavras
que proferimos. Dizia ele que muitas vezes em momentos de dor, ou de
desânimo ou de mágoa, ou de profunda tristeza ou movidos por sentimentos
de rejeição ou complexo de inferioridade, dizemos coisas que soam como
promessas que fazemos a nós mesmos, como votos íntimos que firmamos
conosco mesmos. Exemplificando, uma moça que é abandonada pelo namorado
por quem está apaixonada diz: “Se não casar com ele não caso com mais
ninguém.” Isso vai ter a força de um juramento e, inconscientemente, ela
sempre se apaixonará pela pessoa errada ou por alguém que não queira
casar com ela. Ou então alguém que perde um ente querido e diz: “Nunca
mais serei feliz”. E não será mesmo, pois inconscientemente vai procurar
viver de forma a não ter mais alegria e paz no coração. Ou ainda aquela
pessoa que diz: ”Sempre fui pobre e sempre serei”. Essa pessoa pode até
ter ótimas oportunidades na vida, mas se tiver prosperidade vai dar um
jeito de perder tudo para continuar sendo pobre.
Conforme ensinamento de Pe. De Grandis, o
que devemos fazer é pedir perdão a Deus por termos falado essas coisas
que não estão alinhadas com o seu desejo de bênçãos para nós. A seguir
devemos fazer a renúncia desses juramentos, da maneira explicada a
seguir. Vamos tomar como exemplo a pessoa que disse que nunca mais seria
feliz. Essa pessoa dirá, em voz alta: “Em nome de Jesus , eu retiro
essa promessa que fiz de não ser feliz. Clamo o sangue do Senhor Jesus
sobre essas palavras e peço a Jesus, meu Senhor e Salvador, que com a
sua autoridade e soberania ordene agora que seja quebrado esse juramento
e que o poder dessas palavras na minha vida seja desfeito agora para
todo o sempre. Agradeço ao Senhor Jesus por me libertar e declaro agora
que vou ser feliz porque Jesus veio para me dar vida abundante”. Depois
disso, louvar a Deus sempre que se lembrar e agradecer-lhe pela
libertação obtida. Dizer também com freqüência: “Daqui para frente serei
muito feliz porque abri as portas da minha vida para receber todos os
bens que Deus tem preparados para mim”. A moça que disse que jamais
casaria vai dizer que retira a promessa de não casar e que está aberta
para receber com gratidão e alegria um marido se Deus assim o quiser. A
pessoa que disse que sempre seria pobre vai quebrar esse voto, retirar
as palavras que disse e vai dizer agora que está aberta para receber
todos os bens que a providência de Deus lhe der. E assim por diante,
conforme o voto íntimo que tenha sido feito.
Essa é uma poderosa oração de libertação
que trará muitas bênçãos para as nossas vidas se for feita com fé no
poder do nome e do sangue de Jesus e também com confiança no amor de
Deus que sempre quer o melhor para cada um de seus filhos e filhas.
Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL
Secretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL
fonte: www.rccbrasil.org.br
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